Domingo na Paulista
A Av. Paulista é o grande centro econômico do Brasil, sede de grandes companhias e, no domingo, vira um espaço democrático com muita gente, música, diversão e famílias
Paulo Skaf
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Caderno com projeções atualizadas pode ser lançado ainda este ano
Anne Fadul, Agência Indusnet Fiesp
O Departamento da Indústria da Construção da Fiesp (Deconcic) realizou na manhã desta segunda-feira (9/5) reunião plenária, na sede da entidade, tendo como tema principal a 12º edição do ConstruBusiness. Segundo Carlos Auricchio, diretor titular do Deconcic, a ideia é fechar a data de lançamento até o mês que vem, durante o próximo encontro dos diretores. Os meses cotados são setembro ou novembro, mas há a possibilidade de o lançamento ser transferido para 2017.
Fernando Garcia, consultor do departamento, explicou que o principal desafio da publicação é fazer a contextualização do novo cenário macroeconômico. “Além disso, também teremos atualização dos indicadores de atividades da cadeia produtiva da construção (investimento, produção, PIB, emprego, renda e arrecadação de impostos), atualização das projeções do ConstruBusiness 2014 para os períodos 2016-2018 e 2018-2022 nas áreas de habitação e infraestrutura, rediscussão dos conteúdos dos capítulos de Responsabilidade com o Investimento e do Programa Compete Brasil, redação do relatório e discussão com entidades.”
Garcia também analisou a atuação do setor em 2015. “As crises econômica e política redesenharam o entorno macroeconômico e os vetores de força no país. Em 2015, o investimento também ficou aquém do necessário, somando R$ 617,4 bilhões, valor 9,1% menor que o das necessidades (R$ 679 bilhões por ano em obras e serviços da construção). Tivemos fechamento de 461 mil postos de trabalho em 2015 e queda real de 7,7% do PIB da cadeia produtiva da construção em relação a 2014. Todos os elos da cadeia perderam emprego e renda, com desempenho pior das indústrias de máquinas e equipamentos para a construção (queda de 29,5%) e de materiais (queda de 10,3%)”, afirmou.
Sobre o comportamento neste ano, Garcia disse que o setor continua registrando quedas. “No primeiro trimestre deste ano tivemos uma queda de 17,5% em produção de materiais e queda de 14,8% em comércio de materiais. Houve também retração de 9,3% no número de empregados com carteira assinada na cadeia produtiva da construção em março deste ano frente a março de 2015. Sobre os investimentos do BNDES, também tivemos queda de 54,9% nos desembolsos do banco no primeiro trimestre deste ano”, concluiu.
Grupos de trabalho
Durante a reunião, foram abordadas as ações de alguns grupos de trabalho do departamento. Manoel Carlos de Lima Rossitto, diretor titular adjunto do Deconcic, falou sobre o controle de peso nas rodovias paulistas. “100% das cargas que entram no Estado por rodovias federais não têm controle de peso há mais de dois anos. Isso acontece porque não temos governança e gestão de qualidade. Diante disso, temos três propostas que podem ser fundamentais para termos o controle da balança: fazer funcionar o que já existe, cobrando mais dos gestores e governante, incentivar a iniciativa privada para buscar novas tecnologias que melhorem e deem velocidade para o setor e utilizar tecnologia da informação para cruzamento de dados a fim de integrar os sistemas já existente”, afirmou.
Valdemir Romero, diretor do Deconcic e coordenador do GT de segurança em edificações, explicou o projeto do grupo e os objetivos de suas atividades, entre os quais está tornar obrigatória a inspeção técnica periódica em edificações existentes há mais de 15 anos, para verificação das condições mínimas de segurança e exigência de regularização.
Sérgio Cançado, diretor do Deconcic e coordenador do recém-lançado GT de ambiente de negócios, também discorreu sobre as ações do grupo, criado a partir de deliberação do Conselho da Indústria da Construção (Consic) da Fiesp. “A partir disso, fizemos a nossa primeira reunião e definimos os objetivos, agenda de trabalho e as pautas que julgamos prioritárias para o momento, que são o déficit e as políticas habitacionais, terceirização, distrato e funding”, disse. Com relação ao distrato, pauta tratada no segundo encontro do GT, Cançado falou sobre a análise da PLS 774/2015, de autoria do senador Romero Jucá (PMDB-RR), que fixa multa básica de 25% para rescisão de contrato de compra de imóvel na planta, e sobre o Pacto Global, assinado em 27/4, entre entidades da construção civil e do mercado imobiliário, órgãos de defesa do consumidor e Judiciário estabelecendo normas para regular as relações de consumo associadas à compra e venda de imóveis em todo o Brasil. “Esse acordo é um grande ganho, que dá transparência numa série de itens em relações efetivas tanto para o incorporador quanto para o comprador, evitando assim grandes prejuízos econômicos.”
Com relação ao GT BIM, Mario William Esper, diretor titular adjunto do Deconcic, falou sobre os tópicos abordados na última reunião feita pelo grupo em 28/4 e sobre a assinatura de Protocolo de Intenções, selada em 25/4, e que tem como objetivo a certificação profissional no setor da construção civil, com vistas à redução das alíquotas do Fator Acidentário de Prevenção – FAP para indústrias paulistas do setor. “Vamos aguardar o novo ministro do trabalho para o Sintracom e Fiesp levarem a proposta para a sua possível execução”, afirmou Esper.
Retomada de investimentos
Com o propósito de alavancar os investimentos no setor e buscar novos investidores no modelo de parceria público privado (PPP), o Deconcic vai montar uma Rodada de Negócios no interior de São Paulo, junto com o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp). “A ideia é apresentar um panorama sobre o uso PPPs nas mais diversas áreas da economia e incentivar sua adoção em escala municipal e regional, de modo a introduzir novos players no mercado e retomar os investimentos em infraestrutura e desenvolvimento urbano, gerando empregos e melhorando a qualidade de vida da sociedade, considerando aspectos de sustentabilidade”, afirmou Rossito. O ciclo de eventos nas regionais do Ciesp está previsto para início de junho.
Agenda emergencial
O deputado Itamar Borges, coordenador da Frente Parlamentar da Indústria da Construção (FPIC), também esteve presente no encontro e falou sobre a importante participação da frente no planejamento e diagnostico do setor, com a realização de encontros com diversas secretarias. “Esses encontros têm sido de extrema importância para apresentarmos os gargalos da cadeia produtiva. Estamos fechando esse ciclo e acredito que agora é o momento de partirmos para outra etapa. Precisamos eleger mais um ponto ou dois para trabalharmos paralelamente às audiências”, afirmou.
Auricchio acatou a solicitação do deputado e prontamente elegeu três pautas prioritárias para serem trabalhadas de maneira emergencial: atraso de pagamento em obras, PPPs e controle de peso nas rodovias.
Também participaram da reunião os diretores titulares adjuntos Carlos Roberto Petrini, Cristiano Goldstein e Newton Cavalieri; e Marcos Penido, presidente da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo.